Na semana passada eu mergulhei no universo da Louis Vuitton na cidade de Asnières (nos arredores de Paris). Não a Louis Vuitton que nós costumamos ver por aí, mas os ateliês e a casa da família Vuitton. Sempre é uma experiência incrível poder ter acesso a uma parte, mesmo que pequena, da história de uma marca tão icônica. Eu tinha tido a mesma sensação quando fui visitar os ateliês da Gucci e a Maison Guerlain: no final do dia, fiquei realmente encantada e com a impressão de fazer (pelo menos um pouquinho) parte da família Vuitton!

Das centenas de informações digeridas, uma me chamou particularmente a atenção: o monograma da marca só surgiu após o falecimento de Louis Vuitton (em 1896, ou seja, 4 anos depois de sua morte). Não parece um anacronismo de tão improvável? O próprio Louis Vuitton nunca soube da existência do seu próprio monograma!! Whaaat!!?? Louis Vuitton não sabe o que é o monograma Louis Vuitton!

Uma outra história interessante: Louis Vuitton teve a idéia de criar aquela estampa de jogo de damas para que as pessoas não confundissem seus produtos com as falsificações das quais ele já era vítima naquela época (a primeira imagem absurda que me vem à cabeça: um grupo de senhores reunidos no aeroporto Charles de Gaulle em 1890, passando pela polícia federal com malas falsificadas da Vuitton, #anacronismoN°2). O que me leva, enfim, a uma conclusão um pouco paradoxal: às vezes o fato de falsificarem o seu produto pode ser uma coisa positiva, já que isso te obriga a reagir e a ser inovador para estar sempre um passo à frente do que está sendo feito pelos falsificadores!

E é isso, vejam abaixo as fotos que eu tirei durante o passeio. E eu espero que vocês possam sentir o mesmo que eu senti! Muita paixão e domínio do ofício (Oh! Que jeito mais bonito de dizê-lo )

+++